Tokenização e Infraestrutura para o Mercado Organizado de Ações de PMEs
A entrada da BEE4 no sandbox regulatório da CVM marcou um passo inédito na modernização do mercado de capitais brasileiro: a criação de um ambiente regulado para negociação secundária de ações tokenizadas de pequenas e médias empresas (PMEs).
Desde o início da jornada da BEE4, a Finchain atuou como parceira tecnológica estratégica, provendo a infraestrutura de tokenização e integração blockchain necessária para a operação da plataforma — desde o processo de inscrição no sandbox (application) até a consolidação dos primeiros dois anos de operação regulada.
O Papel da Finchain no Sandbox Regulatório da CVM
• Infraestrutura de tokenização das ações emitidas pelas PMEs participantes:
A Finchain foi responsável por fornecer a tecnologia de tokenização que transformou as ações das PMEs listadas na BEE4 em ativos digitais registrados em blockchain. Essa tokenização seguiu padrões compatíveis com as exigências da CVM para garantir que os tokens representassem, de forma fiel e segura, os direitos econômicos e políticos associados às ações originais.
Esse processo incluiu a criação de contratos inteligentes (smart contracts) com lógica compatível com o ambiente regulado, permitindo o controle sobre transferências, restrições de negociação e compliance automático.
A infraestrutura foi desenhada para ser auditável, modular e escalável, com foco em segurança e rastreabilidade.• Implementação de soluções de compliance tecnológica, com foco em rastreabilidade, governança e integridade dos ativos
A tecnologia da Finchain incorporou mecanismos de governança diretamente no nível da infraestrutura, permitindo o controle granular de permissões e regras de atuação para emissores, investidores e administradores da plataforma. Isso garantiu que todos os eventos relevantes — como emissões, transferências, bloqueios e assembleias — fossem registrados com total rastreabilidade.
Além disso, a plataforma da Finchain foi adaptada para registrar e consolidar os dados relevantes em uma trilha auditável, compatível com a supervisão regulatória. Isso possibilitou à BEE4 fornecer transparência e confiabilidade a investidores e órgãos reguladores, sem abrir mão da eficiência tecnológica proporcionada pelo uso da blockchain.
• Integração com sistemas de custódia e liquidação compatíveis com os requisitos da CVM:
Um ponto crítico para a operação da BEE4 era garantir que a liquidação das operações — mesmo em ambiente blockchain — ocorresse de forma compatível com os princípios da regulamentação do mercado de capitais. Para isso, a Finchain desenvolveu interfaces seguras e automatizadas para integração com soluções de custódia e liquidação aprovadas pela CVM.
Essas integrações permitiram a coexistência entre o mundo on-chain e o ecossistema regulado tradicional, criando pontes que garantiram o lastro real dos tokens e a efetivação das ordens de compra e venda dentro de um ambiente de confiança jurídica e operacional.
• Suporte contínuo de tecnologia durante o período de testes regulatórios do sandbox:
Durante toda a vigência da participação da BEE4 no sandbox regulatório, a Finchain atuou como braço tecnológico, oferecendo suporte direto para atualizações, ajustes e monitoramento da infraestrutura. Esse acompanhamento foi essencial para que a plataforma se adaptasse rapidamente a novos requisitos da CVM ou feedbacks operacionais do mercado.A proximidade entre as equipes também permitiu uma evolução conjunta das funcionalidades, com entregas iterativas que respeitaram os limites do ambiente experimental, mas também prepararam a BEE4 para operar com estabilidade e segurança em um cenário pós-sandbox.
• Adaptação da arquitetura aos parâmetros de um mercado organizado e escalável:
A Finchain projetou sua arquitetura para atender não apenas ao momento inicial de operação da BEE4, mas também à visão de longo prazo: ser uma infraestrutura robusta o suficiente para suportar um mercado organizado, com múltiplos emissores, investidores institucionais e operações de maior complexidade.
A flexibilidade da tecnologia permitiu que novos módulos fossem adicionados conforme a evolução da BEE4, como camadas de governança mais sofisticadas, integração com o sistema financeiro tradicional e até testes de interoperabilidade com a infraestrutura do Drex.
Esse desenho estratégico deu à BEE4 a confiança de que sua base tecnológica poderia escalar junto com a ambição do projeto.
Impacto
Com o suporte da Finchain, a BEE4 foi pioneira em demonstrar que é possível conciliar inovação tecnológica e aderência regulatória, usando blockchain como base para um novo tipo de mercado de capitais — mais acessível, transparente e eficiente.
Essa parceria também pavimentou o caminho para futuras iniciativas de tokenização de valores mobiliários sob o novo marco regulatório da CVM, como previsto na Resolução 175 e no futuro ecossistema do DREX.
Se você tem um projeto que possa se beneficiar com tokenização, infraestrutura de blockchain e negociação de tokens deixe o seu e-mail que entraremos em contato.